Quatro perguntas para quem está iniciando como consultor

 
A intervenção ou o trabalho em
consultoria é irrepetível, é único
 
A meu ver, o que se deve levar em consideração é escolher consultor que demonstre competência, experiências múltiplas, conhecimento do setor e que desfrute de boa reputação. Se empresa de consultoria ou consultor independente, o fundamental é que trabalhe junto com o cliente, siga padrões éticos, não preste serviços a empresas envolvidas em corrupção e entregue o que foi contratado.
 
Hoje, com a acelerada automação, consultores experientes e novos consultores complementam suas competências. Empresas de consultoria: 81% são de pequeno porte, faturando até R$ 500 mil/ano (Perfil das Empresas de Consultoria no Brasil, na edição dez 2018).
 
É imperativo que os executivos da contratante acompanhem de perto, lado a lado, o trabalho do consultor. As empresas, com o executivo responsável pelo contrato à frente, devem programar reuniões de trabalho, acompanhamento de etapas e do cronograma, a fim de conhecerem, de fato, a real dimensão do problema, costurarem relacionamento produtivo e aberto com todos os setores da empresa e manterem contato frequente com o Consultor, patrocinando, debatendo, analisando, endossando e apoiando seu trabalho.
 
Com certeza, a maioria dos fracassos de projetos de consultoria ocorre por falta de apoio efetivo da alta direção das empresas.
 
3 – O consultor precisa de um escritório próprio?
A pesquisa anual Perfil das Empresas de Consultoria no Brasil, na edição dez 2018, revela que 19,9% adotam home-office e coworking, e 66, 7% prestam consultoria nas instalações do cliente. O consultor deve ponderar sobre abrir seu próprio escritório ou trabalhar em home office ou coworking.
 
Com a praticidade operacional oferecida pela virtualidade dos serviços na era digital da internet, a existência “física” de espaço específico para o negócio não se faz sempre necessária – e a modalidade do trabalho em casa dispensa gastos com novas instalações físicas e com deslocamento. Além do tempo e do estresse decorrente.
 
No entanto, há que se ter disciplina na opção residência e escritório. Prós, vimos, e contras (o pessoal da “casa” invadir o escritório, estar sempre disponível para casa ou para o escritório, com o escritório invadindo as horas com a família, lazer…).
 
Há ainda a via do coworking, baseado no compartilhamento de um mesmo ambiente de trabalho bem aparelhado por profissionais independentes de ramos diversos – uma alternativa atraente devido ao preço reduzido pelo acesso à estrutura de escritório coletivizada, elogiada ainda como favorável à produtividade e ao estabelecimento (ou ampliação) de rede de contatos de negócios (networking).
 
4 – Por que se contrata um consultor?
Diversas são as razões que levam uma empresa a buscar um consultor, entre elas destacam-se:
 
– Necessidade de conhecimento/competência, experiência, habilidade
– Procura de serviços temporâneos – início, meio e fim
– Vontade de manter a independência
– Busca de um raciocínio sistêmico
– Desejo de agregar um profissional que possa “entregar” conhecimento, informação, serviços qualificados na área e habilidades para a solução de futuros problemas organizacionais e pessoais
 
Lembrando que na consultoria “não há receita de bolo, porque não existem “doenças”, mas sim doentes; cada empresa/organização tem seu espaço, seu tempo e circunstâncias, embora existam “diretrizes” a adotar, o resto depende e o mais importante será sempre identificar qual é o “real” problema.
 
Assim, a intervenção/trabalho em consultoria é irrepetível, é único.
 
Luiz Affonso Romano
CEO do Laboratório da Consultoria e presidente da Associação Brasileira de Consultores (ABCO).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Assuntos relacionados