Porque a Transformação Digital é iminente?

A necessidade de se reinventar, diante de uma crise desencadeada por um vírus que não respeita barreiras geopolíticas, poderá ser determinante para a sobrevivência da maioria das empresas. Os modelos de negócio deverão ser revisados em sua plenitude, devendo necessariamente contemplar ajustes na cultura organizacional.
 
No cerne desta transformação, servindo como substrato vital para a operação das empresas, está a infraestrutura digital, engrenagem que viabiliza a comunicação social necessária ao crescimento econômico e ao desenvolvimento das corporações. Os serviços digitais, cujos principais atributos são a confiabilidade, ubiquidade, escalabilidade, resiliência e a segurança, utilizam esta infraestrutura através de plataformas tecnológicas, programas aplicativos e redes de comunicações de dados.
 
As plataformas digitais permitirão que as pessoas permaneçam em contato com os seus entes distantes por meio de sessões de videoconferência e redes sociais, crianças e estudantes de diversas idades continuem seus estudos online, médicos atendam a seus pacientes em consultas ou terapias via telemedicina, e pesquisadores compartilhem seus avanços com seus peers em âmbito global.
 
Na atual conjuntura, onde quase metade da população do planeta está confinada em  casa por conta da pandemia, temos visto surtos de tráfego mais intenso nas redes de comunicação. Conforme levantamento realizado pela App Annie, o download de aplicativos de videoconferência teve um crescimento de 90% em março. Neste mesmo mês, o Zoom chegou a registrar 200 milhões de participantes em reuniões num só dia. Similar aumento também se verificou nos serviços de streaming de vídeo.
 
Diante desse agente disruptor, mercado afora, podemos identificar empresas de diversos portes se esforçando em manter suas operações, mas já de olho no amanhã. 
 
Segundo o DCD (DataCenterDynamics), 95% das companhias que eles entrevistaram recentemente, já estão usando alguma forma de serviços na nuvem (Cloud Services), possibilitando reduções significativas do TCO (Total Cost of Ownership) a longo prazo.  
 
Os sistemas, serviços e aplicativos utilizados pelas empresas, em especial as de grande porte, produzem uma quantidade imensa de dados. A implementação de plataformas estruturadas utilização as tecnologias de Big Data, Analytics, e Artificial Intelligence/Machine Learning, permitirão identificar e resolver problemas operacionais de forma automática dentro do ambiente de TI (Tecnologia da Informação), permitindo redução dos custos operacionais. 
 
Segundo o Gartner, em 2023, mais de 50% dos dados gerados pelas empresas serão criados e processados fora do seus domínios, ou centros de dados privados, cifra esta que correspondia a 10% em 2019. Isto significa que a estratégia das empresas considera distribuir suas aplicações, mantendo a conexão entre si, independentemente de onde os servidores estejam localizados fisicamente.
 
Essa topologia, conhecida como TI Híbrida inclui, além dos servidores e demais equipamentos em operação nos próprios Data Centers das empresas, aplicativos instalados em nuvens públicas (AWS, Microsoft e Google, por exemplo), além de equipamentos instalados em Data Centers de terceiros. Instalações menores, conhecidas como Edge Data Centers, indicadas para serviços que necessitam de baixa latência (tempo de resposta), vem ganhando terrena para demandas de IoT (Internet of Things), carros autônomos e cidades inteligentes, entre outras.  
   
Assim, enquanto a natureza respira um pouco mais aliviada, na esperança de que possamos utilizá-la de forma mais sustentável, as empresas devem reinventar-se, otimizando seus próprios recursos e de terceiros, incluindo aí toda a malha digital global, formada pelas redes terrestres, sem-fio, cabos submarinos e satélites.  
 
Este é um momento ímpar e há muito trabalho para que as organizações possam emergir de maneira mais sustentável. Para percorrer esta jornada, certamente, elas vão necessitar do indispensável apoio de vários profissionais especializados. 
 
Consultor Hugo Zanon Jr.
Consultor de Telecomunicações e TI
filiado à ABCO – Flórida

HUGO ZANON JR.
Consultor de Telecomunicações e TI, filiado à ABCO – Flórida

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