Em Consultoria, prestar assistência a alguém pressupõe estar de acordo com os fins do assistido

…esse combate está se tornando frequente – vide o caso recente ocorrido na Holanda, onde uma empresa operando internacionalmente, inclusive no Brasil, fez um acordo de leniência em decorrência de investigação do MP daquele país, expondo agentes públicos e privados deste lado do Atlântico.
 
No Brasil, as coisas parecem se encaminhar na mesma direção, no que tange ao comportamento da Justiça, consequência talvez, da crescente intolerância da sociedade com os casos de corrupção. No particular, a Lei 12.846/13 é um excelente instrumento de aparelhamento do Estado Brasileiro no combate a esse mal. Sem contar outros controles praticados pelo COAF, SISCOSERV, RFB, BACEN, etc.
 
Neste contexto, a pergunta é:” o que faz o Consultor para assegurar-se de que os seus serviços são executados de forma legal, moral e ética?” Vejamos algumas providências que tomamos em nossa Consultoria e que recomendamos aos nossos associados: (a) conhecer o cliente, seus objetivos, seu código de ética – no papel e na prática; (b) explicitar o nosso compromisso de conduta legal, moral e ética nas relações comerciais; (c) só iniciar um serviço com base em contrato onde no mínimo se definam escopo, tempo, custo e os critérios de aceitação e pagamento; (d) usar de transparência nas interações com as partes interessadas, sempre tendo em consideração que ético é tudo aquilo que se vier a ser revelado não nos colocará, nem ao cliente, em situação indefensável perante um Juiz ou a sociedade.
 
Obviamente que “falar é fácil”. O campo da ética, muitas vezes, se presta a interpretações, depende das circunstâncias, dirão alguns, e não sem razão. No entanto, analisando casos de ilícitos reais, vemos que há muito campo para se atuar tipo “preto no branco”. Não vale muito tentar se escudar nos “vários tons de cinza”, mas quando esses aparecerem, tente pensar tipo “…e se eu estivesse do outro lado nessa questão, qual seria a minha reação?”
 
Outra boa prática que costumamos adotar é a de consultar colegas experientes, quando em dúvida sobre uma determinada conduta. Nesse sentido, associar-se a uma entidade profissional como a ABCO pode servir de referência. Consulte o Código de Ética: www.abco.org.br

Carlos Peixoto
Consultor de empresas
Vice-Presidente da ABCO

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